Tirar foto idiota em viagem é um ato de rebeldia
É uma afronta a toda a chatice desse povo caga-regra que insiste em etiquetar os outros de forma simplista e pentelha. Não vejo a hora de segurar o Taj Mahal pela ponta dos dedos e quero ver quenhéque vai me impedir. Porque a vida é uma, as viagens são poucas e ninguém pode tirar o nosso direito de ser idiota.
Rir de si mesmo é gostoso pra caralho
E eu não sei vocês, mas quando alguém me faz rir, eu gosto mais dessa pessoa. Assim, cada vez que você se auto-zoa, acaba gostando mais de si mesmo. Cada vez que olha a foto, rola uma risada e um amor-próprio. Porque você se sente grato ao você idiota do passado que tava lá do outro lado do mundo e se deu ao trabalho de parar o tour pra fazer uma panaquice. É muito amor.
Você está viajando para isso
É importante manter em mente ao longo da viagem: você não é Darwin nem Marco Polo. Pode estar se sentindo um grande explorador com seu chapéu Panamá mas, no fim do dia, você é mais um viajante querendo aprender e se divertir. As fotos idiotas te ajudam a lembrar disso. Que mais importante do que fazer check-in em todos os pontos turísticos de uma cidade, é curtir pra caralho cada lugar que você vai, como a Monkey Beach ali de cima. Sem medo de ser feliz.
Caguemos pro que os outros vão pensar
Na hora de tirar a foto, foda-se, ninguém dali vai te ver de novo. Mas o medinho vem na hora de compartilhar com os 432 “amigos”: vão achar que eu sou clichê, imaturo, tosco, feio. Mas, amore, se foi você que pagou a sua viagem, você não deve nada pra ninguém. Esfrega na cara do povo o seu selinho na Esfinge. Abre os braços em frente ao Cristo Redentor e bota a cara no sol. Isso faz com que a gente repense um pouco a importância que damos pra nossa imagem nas redes sociais. Afinal, porque precisamos tanto editar quem somos antes de mostrar pros outros?
O riso é livre
Viagens acabam sendo uma amostrinha intensa da vida. E se a gente fica guardando a diversão praquele ponto turístico dos sonhos, acaba esquecendo de curtir o resto do caminho. As fotos idiotas também servem pra marcar que a gente viu graça em coisas nada a ver. A vista da Brooklyn Bridge é linda, por exemplo, mas prefiro minha foto com o esqueleto feliz no Museu de História Natural. Sente que delícia essa good vibe pré-histórica. Não é contagiante?
Respeito é bom e todo povo gosta
Eu acredito que foto idiota boa é aquela que zoa com você, não com as crenças e a história do lugar. Não dá pra fazer pose de saudação nazista na frente do Parlamento Alemão ou encoxar uma imagem religiosa em Paris e achar que ninguém vai se ofender. Respeitar a cultura e as pessoas do local é a principal tarefa de um viajante consciente. Mas dar uma imitadinha na figura pra fazer a egípcia acho que pode, né?
Muito bom teu blog!
CurtirCurtido por 1 pessoa
Adorei ler teu blog!
CurtirCurtido por 1 pessoa